quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ontem.

Você não sabe quem eu sou.
E mesmo que soubesse, não me mereceria.
Você joga fora o amor que te dou de bom grado, maravilhada, cega na minha imaginação de perfeição.
Você não é nada, e está certo de admitir.
Mas porque eu ainda choro quando você vai embora?
E no dia seguinte é tudo igual, assim como no outro dia, e no outro, e no outro.
Eu tento, mas não consigo te tirar de mim.
Você é enorme, congelado dentro do meu peito.
Congelou tudo que há dentro de mim, e não posso seguir em frente.
Eu te amo tanto que chega doer. Eu te amo tanto que nem sei mais em que idioma falar.
Mas te odeio por não me amar, e por isso eu não te perdoo, nem por um segundo de incerteza.
Eu não te perdoo. Eu te odeio por me fazer chorar por você.
Eu te odeio por me fazer esperar [em vão] por você.
Eu odeio suas palavras, odeio sua beleza, odeio sua voz. Ou a lembrança dela.
Eu odeio quem te toca, quem te ve, quem te ama.
Eu odeio amar você, que me faz tanto sofrer, que a dor já virou permanente em mim.
De mim você só merece o meu desprezo e o meu pesar.
Mas isso eu não consigo te dar, e não sei diabos porque.
Eu só sei que continuo a te esperar, odiando amar você, odiando precisar de você, odiando ter de ouvir pelomenos uma palavra tua direcionada a mim.
E eu ganho teu desprezo, ao invés de te dar o meu. E eu te odeio cada vez mais. Odeio cada vez mais essa necessidade de amar você.

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