domingo, 20 de junho de 2010

Impasse.

Eu nunca quis te iludir.
Eu só queria te ver cantar eternamente. Eu me sinto feliz.
Teus olhos me dizem tanto, mas tua boca não se mexe, simplesmente permanece inerte.
Eu preciso tanto das palavras, eu preciso tanto do teu toque. Que briga injusta, afinal.
O que é mais importante?
A parte em que você acorda e se vai, ou a parte que eu fico e canto junto?
Eu sei que isso vai me magoar, mas não há outro jeito, eu vou continuar.
Eu ficarei aqui, esperando um "sim" ou "nunca mais", de olhos abertos, vermelhos e vacilantes, olhando você tentar se explicar.
E quando hesita, me diz pra eu te deixar, meu mundo trava, minha garganta fecha, a voz embarga... Ao mesmo tempo que me consola com tua boca doce, eu fico nesse impasse.
Eu não posso te mandar embora, nem eu quero ir.
Se fosse diferente, eu não me sentiria tão limitada, com medo de que você suma.
Eu só queria que você soubesse que eu adoraria te amar. Você faz eu me sentir viva.
Eu sinto saudade. Tanta saudade que chega a doer.
Eu não quero sentir dor... Não mais.
Mas enquanto você se decide, me sinto vegetar.