terça-feira, 11 de agosto de 2009

Matadores do submundo

Eles matam por uma razão, eles vão acabar com qualquer um.
Não importa o quão velho ou novo, pague a eles bastante dinheiro ou não.
Bem a tempo de ver tudo ir abaixo, aqueles que sobraram irão faturar milhões escrevendo livros sobre como tudo deveria ter sido.
Inclinando-se contra o vento pra ver que o oceano se parece com mil diamantes espalhados em uma colcha azul.
E lá ninguém reage, todos nós boiamos com a cara pra baixo.

Se isso é o certo, prefiro estar errada.
Se isso é visão, prefiro ser cega.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Saudade.

É incrível como sua falta machuca de tal forma que nem palavras podem exercer a função da explicação, nesse momento. Sinto falta de tudo que se possa imaginar, qualquer coisa que seja relativa a você, qualquer coisa que te lembre, qualquer coisa, meu bem. Não adianta descansar ou tentar esquecer por um tempo, pois ao fechar dos olhos, a escuridão vira uma bela recordação de todos os momentos bons que tenho em mente e que ainda não tenho. Faço deles uma boa parte da escrita quando a saudade vem à tona, mas palavras não são suficientes quando o sentimento nos toma conta por inteiro. Não existe texto, nem música e nem nossas próprias palavras para descrever, nem narrar algo que não se possa colocar pra fora em forma de letras. Só um abraço ou qualquer coisa relativa a algo muito intenso para acabar com o silêncio da saudade que mata, aos poucos, mas nos torna muito mais fortes e infantis do mesmo modo, em saber que em poucos minutos estaremos lá vivendo tudo de novo, sonhando tudo de novo... Até que tudo dure uma eternidade de milésimos de segundos e o sentimento que nos habitava volte a residir, no coração que, não esgotara tanto assim tudo aquilo que tinha de ser esgotado. A saudade quase que me mata, mas não inteiramente, pois sei que daqui a meros tempinhos estarás aqui, comigo, fazendo de tudo um eterno sentimento, no qual não dá pra parar de sentir, e que cresce, renasce e principalmente me toma por inteira, matando aquela saudade chata que amargura, quando não ficas junto a mim. Me mate, meu bem; não de saudade, mas de qualquer outro sentimento que me faça sentir muito mais feliz, amada e tua, só tua.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Um homem que fala e não faz é como um jardim cheio de ervas daninhas, e quando as ervas começam a crescer é como um jardim cheio de neve.
E quando a neve começa a cair é como um pássaro na parede, e quando o pássaro finalmente voa é como uma águia no céu.
E quando o céu começa a trovejar, é como um leão a porta e quando a porta começa a ceder
é como uma punhalada nas suas costas.
E quando sua costas começam a doer é como uma faca no seu coração.
E quando seu coração começar a sangrar você esta morto. E morto.

sábado, 20 de junho de 2009

Venturoso


A cartomante jogou cartas para o vento, revelando sua futura paixão; vela. Ele, aventado percorreu velórios, soprou festas de aniversário, altares de promessa, encruzilhadas.

De ínício, as velas avivavam suas chamas, para enfim esvairem-se consumidas. Triste, resolveu se lançar ao mar.

Lá encontrou o veleiro, paixão à primeira vista, correspondida, venturosa.

Coisas banais.


Há tantas coisas que eu queria te perguntar. Coisas pequenas. Saber da tua infanicia, de como você gosta do chá ou do café.Perguntar se você sente o mesmo que eu, se você sonha comigo ou se me tem na mente a maior parte do dia.Se enquanto você caminha, você finge que eu estou de lonje olhando você.Ou se enquanto você deita em sua cama toda noite me imagina sentada proxima de você, sussurrando segredos e mistérios que só nós dois podemos desvendar.Mas você nunca baixa a guarda. Nunca se deixa levar.Você é feliz? Do jeito que está?Me conte. E me abrace, deixando seus braços como torres sobre mim.Me deixe ficar. Me deixe entrar. Me pede para cuidar de você.E você disse que depois do sol se encontra o frio... mas em que estação você vive?Parecem coisas banais... Parecem desejos distantes.Me parece que isso nunca irá acontecer.

A ultima folha de papel que gasto com você.


Em plena madrugada.Meu ceu nao tem estrelas. Eu queria a mais brilhante, mas ela não está lá.Na janela eu lembrei de bons tempos olhando a escuridão, e percebi que era você, e eu te deixei ir. Você não vai voltar.Agora que perdeu sua esperança e fé, você não admite que errou, como eu também não admito.O orgulho me deixa em carne viva, atingindo até meus ossos, e a dor das lembranças permanece.Meu amor resguardado continua a ferir, e só a idéia de que você não liga mais me deixa doente.A menção do seu nome me põe indisposta.E o ódio se acomoda, me fazendo repugnar tudo que te envolva. Eu chego a odiar nosso filme favorito, nossa musica favorita, e nossos amigos em comum se tornam um peso impossivel de carregar.Mas o bom senso vem e me salva. Ou pelo menos tenta. A realidade o acompanha e me faz descobrir que você foi único, assim como os outros antes de você, e que um dia tudo isso irá embora. "Quando" é o que não sai da minha cabeça.Estou sendo idiota, eu sei, como ressaltaste tantas vezes. Isso irá passar. Me resta esperar.Já se passaram dias, meses e é certeza de que os anos virão. Você só será alguem que passou, ficou, pos tudo a perder e se foi, assim como os outros.É minha ultima menção de você nas minhas madrugadas de insônia e angustia.Tentarei que seja o ultimo pensamento, e quando olhar o céu novamente, não haverá essa dolorosa nostalgia.
Passe muito bem, e sem ser hipócrita; Seja feliz tanto qaunto eu serei quando conseguir dormir as noites inteiras.

O fim.


Seus olhos refletiam a dor, não se cruzavam nunca nos meus.Seus braços eram urgentes para se defender do meu toque, sua aura já não brilhava como antes.As mãos enfiadas no bolso, como quando ficava aflito, distraído.E então eu soube que iria me abandonar.As lágrimas caiam por minha face, traidoras silenciosas. Eu procurava seu abraço, mas ele estava tão longe de mim, se distanciando mais e mais a cada passo avante meu.Por que aquilo acontecia? O que havia de errado?Pra onde fora todo o nosso amor? E as juras que fizeste? Será que se cansou de sempre me salvar de meus próprios medos e insegurança?As dúvidas permaneceram e o fim chegou sorrateiro, cobra criada em meu conforto.Ao sol ele era o Adônis reluzente, sua testa franzida de confusão nunca fora tão cristalina, enquanto eu continuava em granito velho e sem graça.Eu não o prendia mais. Ele deslizou nas folhas secas de outono e se fora.Os dias passaram, os meses se foram e eu não tornei a ve-lo.Guardo na memória a imagem de meu anjo esculpido na mais preciosa das pedras e embora o tempo passe, ele continua o mesmo em meus devaneios, não é diferente nem por uma lasca.Meu único e verdadeiro amor.

Flores de Papel

Eu achei que fosse cair justo quando você não estava lá para me pegar. Eu cheguei a lugar na minha mente nde você era só mais um vago desejo.
Eu sonhava todas as noites com um campo de flores, todas em preto e branco.
Flores de papel.
Você me esperava com lágrimas nos olhos e alma despedaçada.
Teu semblante não era mais o mesmo. E nem o meu.
Mas ao darmos as mãos, tudo ficava bem. Caminhávamos pelo chão, soprando os dentes-de-leão feitos de cinzas.
Até que não sonhei mais.
Meu campo de flores de papel se foi, e com ele levou você de mim.
As cinzas ficaram. E não houve mais nada.
Sob o céu nublado fiquei, caindo justo quando você não estava para me salvar.
E esse pra mim é meu pior pesadelo. Ficar sem você depois de tudo.
Por favor, não vá.