segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

[Tradução] Pressão.

Me diga onde foi parar o nosso tempo e se ele foi bem gasto.
Apenas não me deixe adormecer me sentindo vazia novamente
Porque eu temo que possa ceder, eu temo que não possa aguentar
Esta noite me deitarei acordada... Me sentindo vazia.

Agora que eu estou perdendo as esperanças e não há nada mais nada a mostrar
Por todos os dias que passei, sendo levada pra longe de casa, pra lonje de você.
E mesmo assim, algumas coisas eu nunca saberei e eu tive que esquece-las
E de novo estou sentada completamente sozinha... Me sentindo vazia.



É.

[Tradução] Nunca vou deixar isso ir.

Talvez se meu coração parasse de bater não doeria tanto assim, e nunca mais eu teria que responder novamente a todos.
Por favor não me leve a mal, porque eu nunca vou deixar isso ir embora.
Mas eu não consigo achar palavras para te dizer.
Eu não quero ficar sozinha, mas agora eu sinto como se não te conhecesse mais.

Um dia você vai ficar cansado de dizer que está tudo bem, e por isso eu tenho certeza que eu estarei fingindo que não estou.
Por que este coração, bate, bate apenas por você?
Meu coração é seu. Mas você parece não o querer.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Cinema.

Ela olhou pra trás e viu uma tela preta de cinema.
Letreiros desciam, com pequenas letras brancas, distorcidas.
Era tudo o que se fora, que se perdera.
Ela soube ao olha-las que pouco importavam.
Não surtiam efeito na platéia, que aos montes, iam embora sem ao menos prestar antenção na tela.
O filme acabara. A sala ficou vazia, escura e triste.
Poltronas vermelhas solitárias em fileiras aguardavam o próximo enredo.
E um novo filme começara.
Ao olha-lo soube que seria diferente, que prestaria atenção no letreiro no final.
E tudo aquilo era nosso.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Para ti, meu amor. ♥

Ele a encontra chorando.
Ela está sentada no último degrau, no alto da escada, desenhando lembranças com os dedos no vento.
Ela sorri em meio às lagrimas, em meio às lembranças de quão tola ela pôde ser um dia, dia que ficou pra trás, finalmente.
Ela percebeu que o melhor era poder perceber o quão feliz ela é por tê-lo em sua vida, por ele ter cruzado seu caminho.
Seus dias de tolice se foram, junto com os fantasmas que a assombravam há muito.
Ela sorri em meio às lágrimas, em meio ao soluço desvairado, de alívio e felicidade, sem o peso do mundo em suas costas, só de ter a certeza de que ele a ama e a espera, no corredor ao lado, de braços abertos para recebê-la.
Sem ter idéia de sua presença silênciosa a observá-la, ele se aproxima, senta-se ao lado dela, naquele último degrau, no alto da escada.
Ele a abraça como se ela pudesse se tornar parte dele, e se sente em casa quando ela o abraça tão intensamente de volta.

-Então, está tudo bem?
-Agora está, eu sei que te tenho. Está tudo bem e eu realmente não me importo com o resto.
-Sim. Eu sou seu. Todo seu. Única e exclusivamente seu.
-E eu sou feliz por isso.

Ela sorri mais uma vez, mas não há mais lágrimas, só o doce perfume dele em sua mente, onde ela descansa, inerte, em seu peito.
Em seus braços sim, era seu lugar.
E ela prometia a si mesma nunca sair de lá. Essa era sua escolha, e tinha certeza de estar fazendo-a certa.
Ela o ama, e isso para ela basta.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ontem.

Você não sabe quem eu sou.
E mesmo que soubesse, não me mereceria.
Você joga fora o amor que te dou de bom grado, maravilhada, cega na minha imaginação de perfeição.
Você não é nada, e está certo de admitir.
Mas porque eu ainda choro quando você vai embora?
E no dia seguinte é tudo igual, assim como no outro dia, e no outro, e no outro.
Eu tento, mas não consigo te tirar de mim.
Você é enorme, congelado dentro do meu peito.
Congelou tudo que há dentro de mim, e não posso seguir em frente.
Eu te amo tanto que chega doer. Eu te amo tanto que nem sei mais em que idioma falar.
Mas te odeio por não me amar, e por isso eu não te perdoo, nem por um segundo de incerteza.
Eu não te perdoo. Eu te odeio por me fazer chorar por você.
Eu te odeio por me fazer esperar [em vão] por você.
Eu odeio suas palavras, odeio sua beleza, odeio sua voz. Ou a lembrança dela.
Eu odeio quem te toca, quem te ve, quem te ama.
Eu odeio amar você, que me faz tanto sofrer, que a dor já virou permanente em mim.
De mim você só merece o meu desprezo e o meu pesar.
Mas isso eu não consigo te dar, e não sei diabos porque.
Eu só sei que continuo a te esperar, odiando amar você, odiando precisar de você, odiando ter de ouvir pelomenos uma palavra tua direcionada a mim.
E eu ganho teu desprezo, ao invés de te dar o meu. E eu te odeio cada vez mais. Odeio cada vez mais essa necessidade de amar você.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Um dia.

Um livro sobre a mesa. Uma rosa nos cabelos embaraçados.
Uma fatia de bolo pela metade, que juraste comer inteira.
Dedos trêmulos enquanto mãos se procuram, limpam os rastros de lágrimas acompanhados de um silêncio inquietante.
O vento sopra.
Olhos se fecham como quem cala um suspiro.
Um laço de fita no chão, perdido na calmaria anciosa.

-Um dia, casa comigo?

-Caso.

Olhos antes fechados, abrem-se numa felicidade desesperada, enchergam um sorriso marcado que já está ali faz tempo.
A dor se vai.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mais uma carta.

O rádio ligado, as mesmas canções cansadas. Descobre que o amor é mais que dar as mãos.
Agora, quando é tarde demais, ela chora. Invisivel em sua dor, ao lembrar-se de seus olhos furiosos, fuzilantes.
Dor excruciante.
Pensamentos indignos.
Momento inglório.
Se arrasta o tempo, traiçoeiro que não há de apagar a lástima.
Lágrimas salgadas na boca seca que jamais ele tocará novamente.
Deixara tão claro quando se fora:
- Saio da tua vida com esperança de que tu saia da minha.
E só.
E o desespero ao olhar o cômodo vazio é tanto, seu peito dói.
O chapéu coco, o moleton puído que deixou pra trás foi tudo que restou.
Saudade a mata, ela entrega-se de bom grado.
A morte é doce. Mas morrer de amor não conta.

-Quer um café?