segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mais uma carta.

O rádio ligado, as mesmas canções cansadas. Descobre que o amor é mais que dar as mãos.
Agora, quando é tarde demais, ela chora. Invisivel em sua dor, ao lembrar-se de seus olhos furiosos, fuzilantes.
Dor excruciante.
Pensamentos indignos.
Momento inglório.
Se arrasta o tempo, traiçoeiro que não há de apagar a lástima.
Lágrimas salgadas na boca seca que jamais ele tocará novamente.
Deixara tão claro quando se fora:
- Saio da tua vida com esperança de que tu saia da minha.
E só.
E o desespero ao olhar o cômodo vazio é tanto, seu peito dói.
O chapéu coco, o moleton puído que deixou pra trás foi tudo que restou.
Saudade a mata, ela entrega-se de bom grado.
A morte é doce. Mas morrer de amor não conta.

-Quer um café?

Nenhum comentário:

Postar um comentário