quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Foi apenas um sonho.

Engraçado... Sonhei com ela esta noite e não paro de pensar nisso.
Acho que ela quer me dizer alguma coisa.
Ou sou só eu com saudade dos poucos bons momentos que tivemos ou querendo dar o benefício da dúvida mais uma vez a quem já me mostrou que não merece.

É aí que eu paro pra observar que ninguém sente falta nenhuma.
E que tudo isso foi apenas um sonho.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Rubro

De dentro pra fora, minha alma reluz. Vermelho.
Sem direito a impasse, sem direito a desordem, sem direito a lamúrias.
De fora pra dentro, nos toques, nos olhares, a boca se repuxa deformando o rosto numa careta, meu coração acelera.
O desejo e a culpa, o querer e o repugnar. Enquanto meus olhos fecham, eu quero um palpitar mais forte.
As mãos molhadas, o lamber dos dedos, olhando na minha cara. O revirar dos olhos. Me faz querer sumir.
Quando alivia minhas tensões eu só quero morrer. E quero matar.
Ver o sangue escorrer por meus braços, o pingar rasgar minha mente e paciência pra fora da cama.
Enxergar o nada e ouvir os últimos suspiros... O cheiro das entranhas no ar.
Lembro que as minhas entranhas continuam lá, e que a ninguém as pertence. A desgraça rubra, branda e eficaz... Sinto frio na minha pele desnuda.
A água não cessa, escorre... Preciso enxugá-la, não deixar vestígios e não me odiar ainda mais.
O único lugar que ninguém ousou ir, agora violado, violentado, invadido... Não é de se respeitar. Nunca mais.
O lugar onde cresci, vivi, mudei tantas vezes de opinião, onde não há mais rastros meus. E quando ousar voltar, vai doer. E doer. E doer.
Saio na rua perdida. Não lembro o caminho de volta.
Ninguém sentirá minha falta, peço aos céus.
E em uma viela qualquer, reencontro meu destino, minha sina. Acostumo-me com a idéia de que será melhor assim todos os dias. Será melhor que eu não lembre de nada.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Em letras garrafais ele escreveu no muro:

"Abaixo ao amor! Viva à pátria cheia de ódio, aos que matam, aos que tem fome!
Aos que se desesperam ao desenterrar os corpos dos filhos, dos irmãos, em meio aos destroços das catastrofes.
E aos que são hipócritas, que se dizem felizes com um enorme buraco no peito.
Aos devastados, aos sem coração, sem educação, sem escrúpulos.
Um viva maior aos desiludidos. Aqueles que perderam tudo, que perderam as esperanças e a vontade de continuar vivo por mais um dia de dor."

Do outro lado da rua enxerguei, em letras minusculas, apagadas, sem atenção.

"Paz."

E chorei.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um papel e uma caneta, por favor.

As palavras ficam soltas, eu nunca sei como mostra-las ao mundo, a quem me ouve.
As falas ficam estranhas, separadas, limitadas. As linhas sempre saem melhores.
É minha forma de me libertar, de fazer com que deixe de ser tão complexo esse meu ser vazio de voz. E quando eu fico cheia de nada, escrevo.
Escrevo porque preciso, registro para continuar vivendo. Porque cada momento é único e eu quero sempre me lembrar do que faz com que eu me torne e me sinta uma pessoa real.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Forgotten Trudy


Trudy era uma garota triste. Trudy não tinha amigos.

Trudy achava que era uma garota má pelas coisas que as pessoas diziam sobre ela. Ela achava a vida má. Não encontrava seu lugar no mundo.

Trudy queria sorrir, mas nunca achou motivos suficientes para isso.

Só quis ser notada, só quis ser alguém.

O fracasso de Trudy pertubava. Ela era pertubada. Ninguém lembrava dela.

Trudy era esquecida.

Até que Trudy se foi... E continuou sem ser lembrada.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Joey's fort!




"Dude, stop talkin' crazy and make us some tea!"

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

No meio da noite.

-Me abraça?
-É claro... Você me ama?
-Mais que ontem, menos que amanhã.
-Eu também.
-E eles? O que dirão?
-Eu não quero saber. Faz diferença?
-Não sei.
- E quem é que sabe?
-É muita pressão. Me solta.
-É claro... Você não me ama mais.
-É claro que amo, é só que...
-Que você não tem certeza.
-Tenho... mas é dificil.
-Posso facilitar?
-Pode...
-Me abraça?
-Abraço... Me beija?
-Beijo... Mordo...
-...
-Eu amo você.
-É sério?
-É. Só que mais que ontem, e certamente menos que amanha.
-Não importa o que digam.
-Não mesmo.
-Eu quero você.
-Eu também quero você.
-Então me beija.
-Beijo... Mordo...